Aruanãs
Existem duas espécies de aruanãs no Brasil:
A aruanã branco (Osteoglossum bicirrhosum, família Osteoglossidae) e a aruanã preto (Osteoglossum ferreirai, família Osteoglossidae).
Neste artigo, em caráter excepcional, vamos identificar e caracterizar ambas. Digo em caráter excepcional porque normalmente peixes que tem muitas espécies geram artigos muito longos e pesados.
Contudo, tentarei ser o mais sucinto possível para que as duas espécies sejam bem retratadas aqui.
ARUANÃ BRANCO (Osteoglossum bicirrhosum, família Osteoglossidae)
A aruanã branco é esta da foto acima, que foi capturada pelo pescador Paulo Pesquero.
Essa espécie é a que atinge maior porte e se caracteriza pelo corpo alongado, comprimido lateralmente e com o ventre em forma de quilha.
Tem a língua óssea e áspera, bem como possui barbilhões na ponta da maxila inferior, projetados pra frente.
Ainda não se sabe ao certo todas as aplicações dos barbilhões da aruanã, mas se sabe por certo que são utilizados para obter oxigênio na superfície da água.
Chega a saltar mais de um metro para a fora da água a fim de capturar insetos e até mesmo pássaros.
Se reproduz a partir dos 50cm de tamanho aproximadamente e cuida dos filhotes até o terceiro mês. Se algum predador se aproxima os filhotes entram na boca do macho até que o perigo desapareça.
É um peixe muito bonito e exótico, sendo muito comum na ornamentação, como você deve ter visto na primeira foto acima, em que uma aruanã pequena estava dentro de um aquário.
São bem caras, inclusive. Um exemplar filhote pode custar mais de R$ 200,00 (duzentos reais) e uma aruanã albina pode ultrapassar a bagatela de R$ 6.000,00 (seis mil reais).
Pode ser pescada nas bacias Amazônica e do Tocantins-Araguaia, com iscas naturais ou artificiais. Se for utilizar iscas artificiais dê preferência para iscas de superfície.
ARUANÃ PRETO (Osteoglossum ferreirai, família Osteoglossidae)
Essa espécie atinge um porte menor do que a aruanã branco e sua principal diferença é a coloração.
A aruanã preto é mais escura que a branco e quando filhote tem uma faixa negra na lateral do corpo.
No Brasil é encontrada praticamente apenas na bacia do Rio Negro, na Amazônia.
Também se alimenta de insetos e assim como a sua irmã mais clara é bastante valorizada na ornamentação.
O recorde mundial desta espécie foi batido em 1987 com um exemplar de 2,27kg, capturado na Colombia.
Sua carne é bastante valorizada.
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