Betara
A betara, também conhecida por papa-terra, perna de moça, judeu e corvina cachorro, entre outros nomes, pode ser encontrada facilmente em nossas praias.
No Brasil existem duas espécies: a betara preta (Menticirrhus americanus) e a betara branca (Menticirrhus littoralis). Na matéria de hoje falaremos sobre a betara branca, mais comum de ser capturada.
A betara é uma espécie que não possui bexiga natatória. Ou seja, o órgão que permite aos peixes nadarem sem grande dificuldade na coluna d’água, flutuando. Como resultado, quase sempre são capturadas no anzol de baixo dos chicotes de pesca. Aquele que fica rente ao fundo do mar, na areia.
A cor da betara branca é branco prateada nos flancos, sem marcas escuras, exceto na ponta da nadadeira caudal dos espécimes maiores, que tem colocarão preta.
O seu corpo é alongado e comprimido, a boca é inferior e com um único barbilhão, na ponta do queixo:
É uma espécie bastante comum e pode ser encontrada até os 80 (oitenta) metros de profundidade. Entretanto, sua captura é mais frequente na zona de arrebentação das praias.
Pode ser encontrada também em fundos mistos de areia e lodo ou cascalho e areia, bem como em áreas arenosas próximas a fundos com rochas. Estuários, rios de água salobra e até mesmo canais de mangues também podem servir de lar temporário para jovens betaras. Os exemplares maiores e adultos, contudo, são encontrados quase que exclusivamente em ambientes de água totalmente salgada e marinha.
São bastante ativas e briguentas. Possuem hábito eminentemente diurno e passam o tempo todo em busca de comida, principalmente de vermes e pequenos crustáceos. Esta é a razão pela qual possuem o barbilhão no queixo, que é usado para tatear o fundo atrás de comida.
Quando são capturadas as vezes emitem “roncos”, que são resultado do atrito dos dentes com os ossos da faringe. Para pescá-las pode-se usar tatuís, pedaços de camarão e sarnambis como isca, mas minhocas de praia também fazem bastante sucesso na pescaria dessa espécie, assim como o corrupto.
Anzóis do tipo Akita Kitsune são altamente recomendados e os arremessos devem ser efetuados nos canais da praia, atrás das ondas, mantendo um dos anzóis sempre no fundo, rente à areia.
Sua carne é bastante apreciada e valorizada.
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