Black bass

black-bass

Black Bass, como o próprio nome já sugere, não é um peixe brasileiro. Oriundo da América do Norte, o black bass é o peixe preferido dos americanos e considerado por lá como o mais esportivo deles.

O black bass é muito importante na terra do Tio Sam. Por lá ele movimentava sozinho, até alguns anos atrás, uma média US$ 28 bilhões por ano. Era o equivalente a cerca de 0,5% do PIB americano.

Existem mais de vinte espécies pertencentes à família Centrarchidae. No entanto, sete delas são consideradas mais importantes para a pesca amadora.

O black bass apareceu no Brasil na década de 1920.  Apareceu primeiramente em alguns reservatórios das regiões Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) e Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), sendo muito apreciado nessas regiões até hoje.

É um peixe muito esportivo e adapta-se facilmente a variados habitats. A espécie introduzida no Brasil é a largemouth bass (Micropterus salmoides). Essa espécie é diferenciada das demais pelo tamanho da boca, que ultrapassa a margem posterior do olho. Isso pode ser visto na foto abaixo, da pescadora Joyce Teixeira:

black-bass

Joyce, inclusive, é exímia pescadora do black bass. Um peixe cuja captura é considerada por muitos pescadores como um das mais técnicas que existe.

É o caso, por exemplo, do guia profissional de pesca Braguinha (BassBraguinha). Braguinha, pra quem não sabe, foi o primeiro guia de pesca profissional do Brasil e pesca black bass há mais de 31 anos.

De acordo com ele, o black bass é um peixe muito técnico. Tão técnico que se o pescador dominar a técnica de sua captura as demais pescarias ficam mais fáceis. A explicação é que é preciso muita sensibilidade na pescaria do black bass.

Nos Estados Unidos e no Japão esta espécie de black bass alcança até dez quilos de peso. Aqui, no entanto, raramente ultrapassa os três quilos. Mesmo assim bonitos exemplares são capturados no Brasil, como este da foto, pego pela nossa parceira Joyce Teixeira:

black-bass

O black bass vive em locais de águas calmas e limpas. Procura ficar próximo de troncos e pedras, onde fica à espreita de peixes, crustáceos e até mesmo de anfíbios, como pequenos sapos e salamandras.

Sua voracidade é impressionante, assim como o tamanho da sua boca e sua agressividade.

As fêmeas são maiores do que os machos e durante o período de reprodução não costumam se alimentar. No Brasil a reprodução costuma ocorrer no início do verão.

Toleram temperaturas entre dez e 35 graus, e quando a temperatura está abaixo de dez graus ou acima de 35 graus não se reproduzem, nem se alimentam.

Por ser um peixe exótico, não há nenhuma leia que proteja o black bass, nem mesmo na época de desova. Infelizmente a introdução dessa espécie em nossas águas trouxe vários riscos, como a diminuição ou até mesmo o desaparecimento de alguns peixes nativos.

Sua pesca é bastante divertida e, como dito anteriormente, extremamente técnica. Pode ser capturado com diversos tipos de iscas artificiais, tais como crankbaits, rubber jigs e spinnerbaits.

Se você gostou e quer saber mais sobre esse peixe, assista aos diversos vídeos de pesca do black bass em nosso Blog e observe as dicas e macetes da captura desse peixe bocudo, valente e brigão!

E aí? Gostou da matéria? Então acompanhe o Blog e Bóra Pescar!!!

Texto: Marcelo Paste
Fotos: Joyce Teixeira