Tilápia

tilapia

Talvez você não saiba, mas a tilápia é de origem africana. Foi introduzida nas Américas do Sul e do Norte com sucesso e hoje é encontrada facilmente por aqui, principalmente em pesqueiros.

A tilápia é um peixe de escamas de médio porte, com coloração que varia de cinza-claro até vermelha com nadadeiras amarelas.

Muito utilizada na modificação genética, hoje existem tilápias que tem o corpo totalmente vermelho ou rosado. Tal cruzamento tem como objetivo principalmente a culinária, em razão da beleza do peixe e do sabor de sua carne.

Sua nadadeira dorsal é grande e com espinhos afiados. Desse modo, todo cuidado é pouco no seu manuseio. Após capturada é comum se ouriçar e se debater, o que pode gerar sérios machucados nos mais incautos.

É, atualmente, um dos peixes mais cultivados no mundo e no Brasil mais ainda. Sua carne é muito apreciada e isso gerou uma indústria voltada só para ela. Não raramente encontramos filés de tilápias em supermercados, peixarias e também em muitos restaurantes.

O motivo desse sucesso em terras tupiniquins é explicado pelo nosso clima. A tilápia se adaptou muito bem às condições climáticas do país. O problema é que muitos piscicultores cometem falhas no manejo ou construção de tanques e milhares de tilápias escapam para a natureza todos os anos.

Como toda falha dessa natureza, o risco é que um peixe de fora dizime espécies nativas. Mesmo assim a tilápia é um peixe muito respeitado e desejado pelos pescadores brasileiros. Faz a alegria de adultos e crianças, seja nos pesqueiros, seja na natureza.

Se alimenta de insetos, larvas, minhocas, massas, frutas, sementes, algas, plâncton e pequenos peixes. São altamente prolíferas, isto é, se reproduzem com facilidade. Após o nascimento dos alevinos são os pais que cuidam dos filhos.

As espécies mais comuns por aqui são a Tilapia rendalli, como essa da foto abaixo, capturada pela pescadora Tatá Fishing:

tilapia

E a tilápia Oreochromis nilótica:

tilapia

O gênero Oreochromis possui mais de trinta espécies, mas as mais visadas aqui no Brasil são as nilótica e a T. rendalli.

A nilótica cresce até 60 centímetros e atinge mais de 6 quilos. O recorde da IGFA é de 6,01kg, fisgado em 2002 no Zimbábue, na África. Já o recorde para a tilápia rendalli é de 1,62kg, batido em 1994, também na África, na Namíbia.

Sua captura é relativamente simples. Pode-se usar tanto iscas naturais, como iscas artificiais. Para as iscas naturais procure usar minhocas, larvas e massas. Para iscas artificiais spinners e plugs com o formato de insetos, como cigarrinhas, são boas opções. Iscas de fly também dão bons resultados.

Há inúmeras aplicações na culinária, inclusive na oriental, existindo pratos de sushis e ceviches com sua carne por conta do seu excelente sabor e textura.

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Texto: Marcelo Paste
Fotos: Marcelo Paste e Tatá Fishing.