Traíra

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Isso mesmo, meu amigo! O peixe da vez é a famigerada traíra!

Grande parte dos nossos seguidores pesca ou gosta de pescar traíras. Sendo assim, já estava mais do que na hora da dentuça ter uma matéria só para ela! Se nos Estados Unidos o black bass é a estrela, por aqui o peixe mais famoso é a traíra (Hoplias spp., família Erytrinidae).

Também chamada de lobo ou tararira, a traíra possui o corpo cilíndrico e longo. Tem escamas grandes, nadadeira caudal arredondada, olhos e boca grandes, com vários dentes afiados e de diferentes tamanhos.

O gênero Hoplias é o que apresenta as maiores espécies, as quais podem variar de 30 centímetros até 1 metro de comprimento. 

Sua coloração é cinza-amarronzada, mas a tonalidade pode variar em razão da cor da água.

Na foto abaixo, por exemplo, a traíra capturada pelo pescador Marcelo Ekuni está com a coloração bem esverdeada:

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Já na foto abaixo a traíra pega pelo pescador Marcelo Paste está com a coloração bem mais escura:

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E na foto abaixo, da pescadora Joyce Teixeira, a traíra apresenta uma cor totalmente diferente das anteriores:

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Existem tantas espécies de traíras sob o gênero Hoplias que não há consenso entre os pesquisadores. Isso se deve às semelhanças entre suas características morfológicas.

Contudo, há consenso sobre uma coisa: a traíra habita praticamente todas as bacias hidrográficas brasileiras e a Hoplias malabaricus é a que tem maior incidência pelo país.

COMPORTAMENTO:

Gosta de águas calmas e que tenham muita estrutura para se abrigar. Nestes locais ela fica à espreita de suas presas. Se alimenta desde minhocas e peixes a até mesmo a anfíbios e pequenos pássaros.

É sedentária e não costuma variar o local de seu abrigo. Inclusive é comum que nas pescarias o pescador arremesse novamente no mesmo local aonde percebeu um ataque ou perdeu uma fisgada e consiga capturá-la.

Agressiva ao extremo, a traíra ataca praticamente tudo que passa a sua frente. Ademais, suporta água com baixíssimos teores de oxigênio, o que explica por que é encontrada com tanta facilidade Brasil afora.

Quando se reproduzem é o macho quem toma conta dos ovos, atacando o que passar perto do ninho. Por falar em ninho, este é feito pelo casal em fundos de areia ou barro.

A traíra está apta a se reproduzir a partir dos 20 centímetros de comprimento. Apesar de ter muitos espinhos em sua carne, é muito saborosa e tem boa aceitação no mercado.

Alguns restaurantes inclusive se especializaram em prepará-la, como é o caso do Rancho do Pescador.

Se você tiver interesse em saber como retirar seus espinhos ou prepará-la para o consumo, nós já demos a dica aqui no blog do Bóra Pescar. Se você perdeu e quer assistir ao vídeo novamente, clique aqui.

DICAS DE PESCA:

A traíra ataca tantos iscas naturais, como artificiais. Se você for pescá-la em locais rasos, procure por trechos com bastante vegetação alagada. Arremesse a isca artificial e venha dando curtos e repetidos toques de vara, a fim de atiçar a traíra.

Para áreas mais fundas, escolha pontos com barrancos ou estruturas submersas (galhadas, troncos, etc). Minhocas artificiais, spinerbaits e outras iscas de fundo dão bons resultados, especialmente aquelas nas cores pretas e/ou vermelhas.

Para ver mais dicas de pesca da traíra aproveite e navegue pelo Blog, pois vários de nossos parceiros são especializados na pescaria dessa espécie e semanalmente publicamos pelo menos um vídeo com pescarias de traíras ou dicas de como pescá-la, algo que nenhum outro site faz por você.

E aí? Gostou da matéria? Então acompanhe o Blog e Bóra Pescar!!!

Texto: Marcelo Paste
Fotos: Marcelo Paste, Marcelo Ekuni e Joyce Teixeira