Sarnambi

sarnambi

O sarnambi é um molusco muito comum nas praias do Sudeste ao Sul do Brasil. Para ser utilizado como isca deve primeiramente ser separado da casca que o protege.

O modo de sua captura é bastante similar ao da tatuíra. O pescador deve observar a areia e, ao avistar a conchinha afundando, pegá-la com as próprias mãos.

A sua presença na areia é um indicativo de boa qualidade da água, pois o sarnambi não é encontrado em praias poluídas.

Eu, particularmente, fico muito contente ao chegar numa praia e avistar sarnambis (e tatuíras) na areia. Não só porque eles indicam a ausência de poluição, mas também porque se eles estão ali é muito provável que os peixes maiores se aproximem da beirada para comê-los.

Por falar em peixes, os sarnambis são excelentes iscas para a captura de diversas espécies. Com ele é possível pescar pampos, roncadores, parati-gatos, betaras e carapebas.

O sernambiguara, para você ter uma idéia, recebeu esse nome justamente por ser um comedor de sarnambis. Esse fato por si só já demonstra o potencial dessa isca numa pescaria.

A resistência do molusco, por sua vez, constitui mais um bom motivo para o pescador optar por suá-lo como isca. Os sarnambis podem sobreviver por muitas horas se forem acondicionados corretamente. O pulo do gato é deixá-los fora do alcance do Sol e dentro de um recipiente com areia e água do mar.

Os sarnambis da foto, por exemplo, eu coloquei dentro do meu pequeno isopor e deixe-os lá, quietos e na sombra, por aproximadamente 12 (doze) horas. No outro dia, quando acordei, fui verificar o isopor esperando encontrar os bichinhos mortos e fedendo, mas, para a minha surpresa, estavam todos vivos e serelepes se mexendo dentro do isopor. Se eu fizesse isso com camarões ou com tatuíras o resultado certamente teria sido desastroso…

Em conclusão, além de fazerem parte do cardápio de várias espécies de peixes, os sarnambis são incrivelmente resistentes e de fácil captura pelo pescador, razão pela qual vale a pena você pegar e usar alguns na sua próxima pescaria.

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Texto e foto: Marcelo Paste